O Oculos Escuro Do David Defante
Quando David coloca o óculos escuro, o mundo muda de cor. De repente, tudo fica mais poético, mais cinematográfico, como se ele fosse o protagonista de uma história que mistura humor, drama e um toque de rebeldia. As lentes não servem apenas para filtrar a luz, mas para filtrar a realidade.
Há quem diga que o óculos dele carrega superpoderes. Talvez não raios laser, mas algo até mais perigoso: a capacidade de observar o mundo sem ser observado. É o escudo perfeito para quem sabe que muitos querem olhar dentro da sua alma — e por isso ele brinca dizendo: “Eu uso óculos escuro porque querem minha alma.”
E não é que faz sentido? O sistema adora olhos expostos, vulneráveis, fáceis de decifrar. Mas David aprendeu a rir disso. Por trás das lentes, ele esconde sua mirada crítica, sua ironia afiada e a coragem de pensar diferente. Ele olha o sistema de volta — só que o sistema não tem coragem de encarar.
O óculos escuro dele é quase um manifesto silencioso. Um jeito elegante de dizer que nem tudo precisa ser revelado, que existem mistérios que merecem ficar guardados. Como se cada reflexo nas lentes fosse uma resposta disfarçada para perguntas que o mundo insiste em fazer.
Ao mesmo tempo, há humor em cada gesto. David brinca, exagera, faz graça, como se dissesse: “Já que querem me interpretar, deixem-me ao menos dificultar o trabalho.” Seu óculos vira um símbolo dessa comédia involuntária que é viver, onde a seriedade e o riso andam lado a lado.
Poeticamente, o óculos escuro se torna um poema que ele carrega no rosto. Um poema sobre liberdade, sobre intimidade, sobre proteger o que é precioso. Nessas lentes, mora o encontro entre mistério e autenticidade — uma combinação rara que poucos conseguem manter sem perder a essência.
E politicamente, ele funciona como um lembrete visual: nem sempre quem anda de olhos escondidos está fugindo. Às vezes, está apenas preservando aquilo que o mundo tenta tomar — a própria identidade. David sabe disso e usa isso como quem domina a própria narrativa.
No fim, o óculos não representa apenas quem David é, mas quem ele escolhe ser. Um homem que enxerga além, que observa em silêncio, que ri por dentro e que mantém sua alma protegida atrás de duas lentes escuras. Porque, no fundo, ele sabe: o mundo tenta ver demais — e ele se permite mostrar apenas o que quer.

